Tragédia Global: 94 Jornalistas mortos em 2023, conflito Israel-Hamas lidera estatísticas. © Mstyslav Chernov/ UnFrame/Wikime |
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgou um alarmante relatório, indicando que 94 jornalistas perderam a vida em 2023, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores. A maioria dessas tragédias ocorreu no contexto do conflito entre Israel e o grupo Hamas, resultando em 68 jornalistas mortos, marcando a guerra como a mais letal para profissionais da mídia em mais de 30 anos.
A FIJ expressou profunda preocupação com a escalada de violência contra jornalistas, destacando a necessidade urgente de uma nova norma global para a proteção desses profissionais. A presidente da FIJ, Dominique Pradalié, enfatizou a importância de uma aplicação internacional eficaz e responsabilização dos agressores.
A guerra em Gaza, iniciada em outubro, foi especialmente devastadora, resultando em 72% de todas as mortes de jornalistas em 2023. A esmagadora maioria das vítimas eram jornalistas palestinos na Faixa de Gaza, onde as forças israelenses continuam a ofensiva iniciada após o ataque do Hamas a Israel.
Além do conflito Israel-Hamas, a Ucrânia permanece um local perigoso para jornalistas, com três mortes registradas desde o início do ano. A FIJ também lamentou as mortes de jornalistas em outras regiões, incluindo Afeganistão, Filipinas, Índia, China e Bangladesh.
A organização instou os governos a esclarecerem totalmente esses assassinatos e a adotarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas. Houve uma preocupante queda no número de jornalistas mortos na América do Norte e do Sul, mas aumentou em outras partes do mundo, incluindo África e Ásia.
Além das tragédias fatais, a FIJ observou um aumento nas detenções de profissionais da mídia, destacando China, Hong Kong, Myanmar, Turquia, Rússia, Crimeia ocupada, Bielorrússia e Egito como países onde a liberdade de imprensa enfrenta sérios desafios.