Massacre de Eldorado dos Carajás


O Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, foi um dos crimes mais violentos cometidos contra trabalhadores rurais no Brasil. Nesse dia, duas tropas da Polícia Militar do Pará abriram fogo contra 1.500 famílias de trabalhadores rurais Sem Terra que marchavam para Belém, reivindicando a desapropriação de terras para a Reforma Agrária.


Após 20 anos, apenas dois comandantes que estavam na operação foram condenados. O Coronel Mario Colares Pantoja foi sentenciado a 258 anos de prisão e o Major Oliveira a 158 anos de prisão. No entanto, nenhum policial ou político foi responsabilizado pelo crime.

Após o massacre, 350 famílias conseguiram o direito à terra naquelas imensidões de latifúndios improdutivos do Pará. Maria Zelzuita Oliveira de Araújo, uma sobrevivente do massacre, hoje mora no assentamento 17 de abril, no município de Eldorado do Carajás. Ela relembra as sequelas do crime e conta como a vida de sua família mudou após a conquista da terra.

O Massacre de Eldorado dos Carajás é um lembrete sombrio da luta pela terra e pelos direitos humanos no Brasil. Embora algumas medidas de justiça tenham sido tomadas, a impunidade ainda prevalece, e a luta pela reforma agrária continua.

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