No dia 12 de setembro de 1919, Adolf Hitler participou pela primeira vez de uma reunião do Partido Alemão dos Trabalhadores, um grupo que mais tarde daria origem ao Partido Nazista. Naquela data, Hitler foi enviado pela organização militar Reichswehr para observar o partido, suspeito de ser uma ameaça subversiva.
O Partido Alemão dos Trabalhadores tinha sido fundado no início daquele ano, em Munique, por Anton Drexler e Karl Harrer. Drexler e seus seguidores defendiam uma política nacionalista e anti-marxista, além de se opor ao Tratado de Versalhes, que consideravam prejudicial à Alemanha. Suas reuniões eram realizadas em bares e cervejarias, onde Drexler falava sobre temas como nacionalismo e antissemitismo, muitas vezes gerando debates acalorados.
O partido se opunha fortemente aos movimentos de esquerda, como o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e o Partido Comunista da Alemanha (KPD). Seus membros acreditavam que o "bolchevismo" estava ligado ao "judaísmo internacional" e precisavam combater essa influência.
Durante a reunião em que Hitler esteve presente, ele teve um papel ativo, participando de uma discussão acalorada e impressionando os outros com sua oratória. Em pouco tempo, Hitler se sentiu atraído pelas ideias do partido e, dias depois, foi convidado por Drexler a se juntar à organização.
Com sua adesão, Hitler começou a ascender dentro do partido, que em fevereiro de 1920 mudaria seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães), mais conhecido como Partido Nazista.
O partido então estabeleceu que apenas pessoas de "descendência ariana pura" poderiam se filiar, e rejeitou qualquer ligação com "não-arianos". Esse marco inicial foi importante para o desenvolvimento do movimento nazista na Alemanha.