A trajetória de Gilson Fernandes, marcada pela dedicação à comunidade de Parauapebas e ao movimento estudantil, é uma história de perseverança e impacto social, mesmo sem ter ocupado cargos políticos oficiais. Suas contribuições vão além das instituições e cargos, envolvendo ações concretas que ajudaram a transformar a cidade e a vida de muitos jovens.
Nascido e criado em Parauapebas, Gilson sempre esteve envolvido com causas comunitárias. Um de seus legados mais visíveis na cidade é o plantio dos ipês que hoje enfeitam as ruas, resultado de uma iniciativa em conjunto com o professor Faruk Salame e seus colegas da fanfarra municipal. Esses ipês, além de embelezar a cidade, simbolizam a preocupação de Gilson com o meio ambiente e com a qualidade de vida urbana.
Outra importante contribuição de Gilson foi a criação da primeira Olimpíada Estudantil da Independência (OEI), um evento que reuniu jovens em torno do esporte e do espírito de comunidade. Esta iniciativa demonstra seu compromisso com o desenvolvimento dos jovens e com o incentivo a práticas saudáveis e de integração social.
Gilson também esteve envolvido na criação das quadras poliesportivas às margens da PA 275, um projeto que inicialmente foi pensado para ser apresentado por um candidato a vereador, mas, quando este não foi eleito, Gilson fez com que o projeto ganhasse vida por meio da colaboração com outros políticos. Sua determinação garantiu que esse espaço, tão importante para os jovens da cidade, fosse construído, mesmo enfrentando resistências.
Além do esporte e do meio ambiente, a atuação de Gilson Fernandes também se destacou no movimento estudantil. Ele foi um dos líderes que fundou a União dos Estudantes do Sul e Sudeste do Pará, organização que uniu jovens em torno de causas sociais, políticas e educacionais. Com essa mesma determinação, lutou pela regulamentação da meia-entrada para estudantes no Pará, e pela meia-passagem municipal e intermunicipal. Essas conquistas continuam a beneficiar gerações de jovens estudantes.
No âmbito da educação, Gilson também foi um dos protagonistas na luta pela municipalização do ensino fundamental no estado do Pará, uma pauta que gerou grande controvérsia. Durante um congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Gilson foi alvo de violência física devido à sua posição firme em defesa da municipalização, que acabaria sendo implementada no Pará, o primeiro estado brasileiro a adotar essa medida.
Em âmbito nacional, Gilson ajudou a fundar entidades estudantis nos 143 municípios do Pará, além de ter exercido um papel de liderança na UBES e na União Nacional dos Estudantes (UNE), onde ocupou o cargo de vice-presidente da região Norte. Seu trabalho no movimento estudantil foi referência no Brasil, e seu nome ainda é lembrado pelos que lutaram ao seu lado.
Recentemente, Gilson também esteve à frente de projetos ligados ao setor de mineração, como a Federação Brasileira de Mineração (FEBRAM) e a Cooperativa Brasileira de Mineração (COOPBRAM), mostrando sua capacidade de atuar em diferentes frentes em prol do desenvolvimento regional.
Mesmo sem ocupar cargos políticos formais, a atuação de Gilson Fernandes deixou marcas profundas em Parauapebas e no estado do Pará. Seu legado é uma prova de que a força da cidadania, o engajamento social e a paixão por causas coletivas podem gerar mudanças significativas, inspirando novas gerações a seguirem o mesmo caminho de compromisso com a comunidade.