PSDB avança em negociações para fusão com PSD ou MDB e mira eleições de 2026


O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) está em avançadas negociações para uma possível fusão com o Partido Social Democrático (PSD) ou com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Essa movimentação visa fortalecer a posição do partido no cenário político nacional, especialmente com vistas às eleições de 2026.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, estabeleceu como condição para a fusão a garantia de uma candidatura própria à Presidência da República. Essa exigência implica um distanciamento do atual governo federal, liderado pelo presidente Lula. Perillo afirmou: "A condição é ter candidatura própria à Presidência da República".

As conversas com o PSD, liderado por Gilberto Kassab, têm ganhado destaque. Recentemente, o presidente do PSDB paulista, Paulo Serra, reuniu-se com Kassab para discutir alternativas que preservem o legado tucano. O PSD, que conquistou 887 prefeituras nas últimas eleições municipais, é visto como um parceiro estratégico para revitalizar o PSDB, que tem enfrentado desempenho eleitoral decrescente.

Paralelamente, a cúpula do MDB também busca uma aliança com o PSDB. Lideranças emedebistas têm sinalizado apoio a uma candidatura tucana à Presidência, visando enfraquecer as negociações entre PSDB e PSD.

Além de PSD e MDB, o PSDB mantém diálogos com outras legendas, como o Podemos e o Republicanos, explorando diferentes possibilidades de fusão ou federação para ampliar sua representatividade no Congresso Nacional.
Internamente, figuras de destaque no PSDB, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, manifestam interesse na fusão com o PSD, mantendo o projeto de candidatura própria à Presidência em 2026. 

No entanto, a fusão enfrenta desafios, incluindo a necessidade de harmonizar interesses regionais e definir a liderança nos estados. Em Goiás, por exemplo, discute-se a possibilidade de Marconi Perillo assumir a presidência do partido resultante da fusão, o que poderia levar ao afastamento de lideranças locais, como o senador Vanderlan Cardoso.

A fusão ou incorporação do PSDB com outra legenda pode criar uma força política significativa no cenário nacional. Juntos, PSDB e PSD possuem 55 deputados federais e 16 senadores, além de um fundo eleitoral considerável, o que ampliaria sua influência nas próximas eleições.

As negociações devem se intensificar nas próximas semanas, com a expectativa de que uma decisão seja anunciada até março de 2025. A concretização da fusão poderá redefinir o equilíbrio de forças políticas no Brasil, especialmente no campo do centro político, em preparação para as eleições de 2026.




Legenda: DF — REUNIÃO/PSDB/BRASÍLIA — POLÍTICA — O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) durante reunião de líderes do PSDB na sede do partido em Brasília (DF) nesta segunda-feira, dia 12. 12/06/2017 — Foto: MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

A reunião convocada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, contou com as presenças de Tasso, Aécio, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do prefeito de São Paulo, João Doria, do senador José Serra (SP) e dos governadores Beto Richa (PR), Reinaldo Azambuja (MS), Pedro Taques (MT), além de outros parlamentares!

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