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| Foto: pebinhadeacucar.com.br |
O município de Parauapebas, situado no sudeste do Pará, é amplamente conhecido por sua força na mineração, especialmente pela exploração do minério de ferro. No entanto, ao longo das últimas décadas, a agricultura também tem desempenhado um papel essencial no desenvolvimento socioeconômico da região, representando uma importante atividade para centenas de famílias que vivem e trabalham na zona rural.
Desde a criação do município, em 1988, a agricultura em Parauapebas se desenvolveu de forma gradual. Inicialmente, as atividades agrícolas eram praticadas principalmente por pequenos produtores familiares, voltadas ao cultivo de mandioca, milho, feijão, hortaliças e à criação de animais de pequeno porte. A produção era voltada tanto para o consumo próprio quanto para a comercialização em feiras livres e mercados locais.
Com o crescimento populacional e a urbanização acelerada, novas demandas surgiram, e a agricultura passou a enfrentar desafios como a escassez de infraestrutura, o acesso limitado a políticas públicas, a mecanização reduzida e, sobretudo, a falta de acesso à água em períodos de estiagem. A irregularidade do regime de chuvas e a dependência de açudes e barragens naturais têm dificultado a manutenção da produtividade, gerando perdas e instabilidade econômica para os produtores rurais.
Ao longo dos anos, o poder público, por meio de programas municipais, estaduais e federais, buscou apoiar a agricultura familiar com incentivos à produção, capacitação técnica, distribuição de sementes e recuperação de estradas vicinais. A criação da Secretaria Municipal de Produção Rural (SEMPROR) foi um passo importante na organização e fortalecimento do setor agrícola no município, aproximando os agricultores das políticas de apoio rural.
Apesar desses avanços, a necessidade de soluções estruturais e duradouras ainda persiste. Um dos principais gargalos enfrentados atualmente é a falta de acesso contínuo à água para irrigação e dessedentação animal. Nesse cenário, a perfuração de poços artesianos surge como uma medida eficaz e sustentável para garantir o fornecimento hídrico ao longo de todo o ano.
Foi com esse olhar sensível à realidade do campo que, no dia 08 de abril de 2025, o vereador José Ramos de Oliveira – Zé da Lata (Avante) apresentou, na Câmara Municipal de Parauapebas, uma indicação ao Poder Executivo solicitando a aquisição de máquinas apropriadas para escavação de poços artesianos. A proposta visa beneficiar diretamente os agricultores da zona rural, promovendo maior segurança hídrica, fortalecendo a produtividade e garantindo melhores condições de trabalho no campo.
A iniciativa do vereador representa um marco importante na luta por mais investimentos estruturais na agricultura de Parauapebas. Ao propor uma solução prática e de longo prazo, Zé da Lata reafirma o compromisso com as famílias rurais e com a valorização de uma atividade que, embora muitas vezes ofuscada pela mineração, é essencial para o equilíbrio econômico e social do município.
O fortalecimento da agricultura passa por políticas públicas permanentes, infraestrutura adequada e respeito ao trabalhador rural. A história da agricultura em Parauapebas é marcada por luta, resiliência e esperança – e é com ações como essa que se constrói um futuro mais justo e produtivo para todos.
by Gilberlan Atrox
Técnico agrícola em agropecuária, jornalista e fotógrafo documental
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Sou técnico agrícola em agropecuária, registrado no CFTA, formado pelo Pronera (2010) em parceria com o Incra, o MDA e a Fetaema, e diplomado pelo IFMA.
Jornalista por vocação, registrado no MTE, e fotógrafo documental.